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Discurso de Formatura by me - UMG 40

Em um piscar de olhos. Foi assim que se passaram esses três últimos anos, principalmente para nós, que nos formamos hoje e que deixamos para trás muitos momentos de alegria. Momentos que não se resumem com palavras, mas, sim, com lembranças vívidas dentro de nossos corações. Dia 05 de fevereiro de 2007, uma nova etapa de nossas vidas começava. Alguns estavam ansiosos, outros ainda com receio do Ensino Médio, outros estranhando toda a mudança repentina...o que todos nós tínhamos em comum era o desejo de que os próximos três anos fossem marcantes para nossas vidas. E isso aconteceu.
Grandes coisas aconteceram desse dia em diante. As relações começaram a se espreitarem, os vínculos de amizade foram surgindo, as expectativas pessoais de cada um se cumprindo e unindo esse grupo, que próximo do fim deste mesmo ano se tornaria “A última e melhor geração dos 40”.
Os que vieram depois disso só ajudaram a reforçar nosso nome, afinal “os outros são os outros”. Nenhuma sala talvez tenha sentido tudo o que nós sentimos, vivido tudo o que nós vivemos...desde intervalos na biblioteca à teatros marcantes. Como não se lembrar do “auto da compadecida”? Do “auto da barca do inferno”? Já nas primeiras apresentações, fizemos questão de mostrar a que viemos. Depois vieram “A moreninha”, “memória de um sargento de mílicas”, “o armário” e “a vitória régia e o leitão à pururuca”, que encerrou nossas “aventuras” pelo mundo das artes cênicas, já no nosso 2º ano.
Nestes 3 anos, grandes mudanças aconteceram dentro da nossa sala. A chegada de 120 alunos, mexeu com nossos ânimos...e os professores, rapidamente, sentiram diferenças no nosso comportamento. Falando neles, também são inesquecíveis. Seja por boas aulas, boas conversas, boas risadas ou, simplesmente por não fazerem nada.
Como se esquecer dos MB’s quase impossíveis de se tirar em provas do Hitoshi? Do PIRCEPS do João? Dos CRONOGRAMAS E ANOTAÇÕES do Reinor? Das HISTÓRIAS NOTURNAS da Carmem? Dos “PRESTEM ATENÇÂO” da Nair? Da AMEBA da Amábile? Das LAJES TROPEÇO do Luis Bernardo? Das VIAGENS CANCELADAS da Elizeth? Do TRABALHO INFANTIL do Miguel? Das LEITURAS ANALÍTICAS do Surumba? Dos POLISSACARÍDIOS do Marcelo? Dos APRENDIZADOS com o Marcão? E das AJUDAS do grande Celso? A nossa história, aqui na ETEC Jacinto Ferreira de Sá, sem vocês não seria a mesma. Obrigado, não só por terem sido professores, mas também grandes amigos.
Enfim, com a chegada do Terceiro ano, novas preocupações surgiram. A necessidade de se escolher uma profissão, de almejar um bom emprego, de se sonhar em construir uma família...de crescer! Meus grandes amigos, como se esquecer vocês? Como esquecer as cobranças da Andressa e da Veridiana? Dos desenhos do Well e do Vitinho? Da Gabriela e da Bruna dormindo debruçadas nas suas carteiras? Das caretas da Isabel? Do David enfrentando o Luis Bernardo? Dos “músculos” do Gabriel? Dos choros da Ana Caroline? Das histórias de Ibirarema do Luiz? Das pregações da Ana Carolina? Da animação da Natália Gimenes e da Poliana? Do “som” do Maicon? Dos gritos de “RAINHA” do Allison e do Valdir? Dos plano mirabolantes do Abner e do Júnior? Dos gols da Karina nos interclasses?
Das canções da Karen Souza? Da “simpatia” do César? Das danças do Orlando? Da fome do Douglas? Dos antigos pulos do Michael? Da responsabilidade exagerada da Karen Campos? Da liderança e organização da Lauren? Das risadas do Samuel? Dos casais: Ana e Mateus, Pajé e Fer? Do Felipe falando em jogos a manhã inteira? E dos primeiros lugares da Natália Guerra? Da modéstia do Fernando? Da “coleção” de Lucas? Daqueles que nos deixaram...Nathália Paixão, Thamyres, Iara, Dayane e Rodrigo? Enfim, cada um com seu jeito de ser, conseguiu deixar sua marca na história da nossa eterna escola.
Daqui em diante novos desafios e novas conquistas virão. A distância fortalecerá as amizades, o tempo prolongará as alegrias e a separação nos unirá ainda mais. Pois, mais importante que a presença física, serão as memórias, de um tempo que nos fez crescer, que nos fez sorrir, que nos fez aprender e que nos fez quem somos hoje: a última e melhor geração dos 40.
“Sempre que penso em vocês, agradeço ao meu Deus”, é o que está escrito em Filipenses 1:3. Agradecer, é o que nos resta fazer. Agradecer aos professores e funcionários desta escola, aos nossos pais e familiares, aos nossos amigos e principalmente a Deus, que nos deu a oportunidade de compartilharmos três anos de alegrias, discussões, risadas, lágrimas... “Vocês estão sempre no meu coração. E é justo que eu me sinta assim a respeito de vocês, pois vocês têm participado comigo desse privilégio que Deus me deu.” Assim, com esse versículo de Filipenses é possível expressar tudo o que vivemos. Mais que sacrificante, todas as manhãs que passamos juntos foram momentos em que éramos privilegiados, afinal nós fomos, nós somos e pra sempre seremos A ÚLTIMA E MELHOR GERAÇÃO DOS 40.
Luiz Eduardo Lima

50 anos de Maurício de Sousa: grandes comemorações


Depois de um tempo sem postar nada, resolvi voltar. Este ano, mais precisamente no dia 18 de Julho, o maior cartunista brasileiro completou 50 anos de carreira. Sim, já fazem meio século desde que Maurício de Sousa publicou sua primeira tira do Bidu no jornal Folha da Manhã (agora, Folha de
São Paulo). De lá pra cá, foram anos cheios de conquistas, prêmios e principalmente histórias com muita diversão.

As comemorações por esta data foram diversas, a começar pela exposição Maurício 50 anos, no Mube (Museu Brasileiro de Escultura, em SP), que tive o prazer de ir. Toda a história do "pai" da Turma da Mônica foi recontada em cartazes, banners, vídeos, bonecos, textos e prêmios. Também era possível ver novas obras da já existente série Quadrões (que foi exposição por todo o país anos atrás) e esculturas dos personagens mais famosos dos quadrinhos brasileiros.
Entre muitas outras comemorações, sem dúvidas a mais brilhante foi a criação do livro MSP 50 (Maurício de Sousa por 50 artistas), organizado pelo
jornalista Sidney Gusman. Na obra, 50 importantes cartunistas brasileiros retratam os personagens de Maurício, com os traços peculiares de cada um. Entre eles estão Laerte, Ziraldo, Spacca, Jean Galvão e Fernando Gonsales. Um verdadeiro time, pra ninguém botar defeito.
Sem dúvidas, há muito o que comemorar. Maurício de Sousa levou o nome do nosso país em patamares altos, afinal não é todo dia que uma personagem de quadrinhos é escolhida como embaixadora da Unicef, não? A Mônica conseguiu mais esta façanha...e não há Cebolinha que possa roubar seu posto, já que isto está sujeito a coelhadas (hehe). Enfim, vale a pena conferir o livro e, agora, somente fotos da exposição.
Parabéns Maurício! Que Deus te dê muitos mais anos de alegria e vitórias!



Ps.: Eu tenho que agradecer a Deus por poder ter estes momentos e também algumas pessoas. Minha tia Célia (que me deu o livro), meu tio Paulo (que me levou à exposição e
levou meu livro para autografar), minha prima Beatriz (que fez praticamente tudo isso :P) e especialmente à Natália, que me apresentou esse mundo. Obrigado a Todos!

Mudança

Ahh, a vida corrida não nos dá mais tempo para relaxar. O sossego parece ser algo tão distante da nossa realidade. Os muitos compromissos nos afastam das simples e valiosas coisas da vida. Parece que não temos mais controle sobre o nosso tempo.
Poxa, já se foram quase três anos desde que uma nova escola passou a fazer parte da minha vida. Uma mudança repentina, que certamente a mudou. Para alguém que morava em uma cidade minúscula de interior se tranferir pra uma, um pouco maior, repleta de desconhecidos eu diria ser um grande salto, ainda mais para mim, que tinha receio de sair de casa. A mudança me fez bem.
Os compromissos vieram muito rápido, por outro lado. A tão esperada "maior-idade" (que na verdade eu nunca esperei) parece querer transformar nossa rotina. E, de fato, transforma mesmo, temos que zelar por nós mesmo agora. Eu, sinceramente, não vi o tempo passar. Foram anos tão intensos, que às vezes acho que eu deveria ter aproveitado mais.
Falar isso diante de apenas mais um desafio da vida parece ser algo sem valor. Coisas mais difíceis virão, e certamente teremos que nos "apoiar" em algo ou alguém. Creio que Deus fará o melhor.
Quando já estivermos adultos formados, talvez nem lembremos mais da nossa infância. Talvez esqueçamos das tardes que ficamos jogando "jogos de tabuleiro" na praça com os amigos, bebendo uma tradicional Coca-Cola, ou mesmo daquela troca de presentes no fim do ano...Ah, saudade! Quando a poluição, o barulho e o desgasto físico dominarem as grandes cidades, poderemos estar lá, e só assim, valorizaremos as tranquilidades do interior, sonharemos ser como o caipira Chico Bento, vivendo ao "ar livre", em contato com a natureza e aproveitando cada dia como se ele fosse o último...

Síndrome de Cebolinha

Até onde vai a insistência humana? Qual o limite de um sonho? Estas são perguntas que têm mais de uma resposta, mas em grande parte a solução para ambas é algo infinito. "Brasileiro não desiste nunca!" - slogan do nosso povo, esta frase impactiva se encaixa perfeitamente a um sujeitinho, que mora no Bairro do Limoeiro e sofre de dislalia. É ele mesmo, Cebolinha. Querido por milhares de crianças, o menino peralta doido por um certo coelho azul, nos traz uma grande lição. Para isso precisamos deixar de lado as características físicas deste personagem, criado por Maurício de Sousa. Cebolinha não é apenas o garotinho de camisa verde que sonha em se tornar o dono da lua, ele é a personificação de todos nós que lutamos por um sonho. É claro que o sonho de uma criança não é comparável ao de um jovem ou adulto, mas sonhar é algo que todos nós seres humanos (inclusive os bebês) fazemos. Último ano de Ensino Médio, vestibulando de primeira viagem...novos desafios pela frente. É bem assim que estou. Eu e milhares de estudantes do 3º ano do colegial. Este é um ponto crucial de nossas vidas, é o momento em que vamos decidir o que seremos para o resto da vida. Às vezes, são tantas preocupações e ocupações que nos esquecemos que o primeiro passo para construirmos a tão sonhada carreira de sucesso é sonhar com ela. Pedras no caminhos, com certeza vamos encontrar, mas temos que ser perseverantes e acreditarmos que Ele nos ajudará, aconteça o que acontecer. Nossa fé é de extrema importância para sabermos as decisões certas a serem tomadas. Jesus sempre é o melhor caminho. Lutar sempre. Buscar nossos objetivos é prova de perseverança, e com esta conseguiremos atingir o cume que escolhemos para nós. Corra atrás de seus sonhos, seja ele uma vaga em uma faculdade pública, um emprego melhor ou, mesmo, um coelhinho de pelúcia azul...

Mudança de Planos



Cada instante de nossas vidas é um passo no escuro que damos. Não sabemos onde vamos parar, nem ao menos se encontraremos algum degrau ou declive onde pisamos. É natural ter medo do desconhecido. E para tentar controlar esse medo, disfarçamos nossa ignorância traçando planos.

Quando li Dom Casmurro, de Machado de Assis, encontrei vários trechos bem legais e um dos meus favoritos foi o que soube resumir bem o que acontece quando planejamos algo: "Prazos largos são fáceis de subscrever. A imaginação os faz infinitos."
Pois é, tudo parece bem simples visto de longe. Mas sempre nos assustamos quando vemos que o dia está se aproximando. É assim com as pessoas que estão prestes a se casar, ou a terem filhos, ou a mudarem de cidade. É bem aquilo que sempre nos dizem, "Depois de marcar a data, o tempo passa tão rápido que você nem percebe."

De tantos projetos que formulamos, nos permitimos pensar em como será cada detalhe e desejamos viver esse momento exatamente como planejamos. Quando eu era menor, minha família sempre viajava para a casa de meus avós, em São Paulo, a qualquer sinal de feriado prolongado. Sempre que eu ouvia falar em viagem, já esvaziava alguma mochila e colocava vários gibis, livros e o brinquedo que eu estivesse gostando mais, naquele momento. Minha mãe dizia que era cedo demais para isso, mas eu tinha medo de acabar esquecendo de algo quando o dia da viagem chegasse. E então eu passava semanas sem ter acesso a tudo aquilo que estava na mochila, para que eu não corresse o risco de ficar sem essas coisas nos poucos dias que eu ficasse em outra cidade.
É o que sempre fazemos, não é? Investir tempo e esforço em algo para sermos recompensados no futuro. Estudar para conseguir um bom emprego. Ser uma pessoa legal para sempre ter amigos. É tudo parte do plano.

Mas nem sempre as coisas acontecem como planejamos. Aliás, quase nunca. Eu tenho o costume de passar muito tempo antes de dormir imaginando como será o dia seguinte, ou um acontecimento especial. E gosto tanto de como tudo acontece na minha mente, que fico triste por ter pensado nisso e, portanto, ter tornado impossível que as coisas fossem daquela forma.

Por mais que saibamos que nada acontecerá conforme o planejado, é sempre uma decepção quando nossos combinados são frustrados. Uma viagem cancelada, um evento adiado, uma companhia que nos abandona... Tudo isso é capaz de nos desanimar. A menos que decidamos viver o momento, ainda que completamente fora do que havia sido traçado.

Afinal, não nos compete ter o controle sobre nossas vidas. O mais sensato é entregarmos tudo a Deus. "Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nEle, e o mais Ele o fará" (Salmo 37. 5)
Apenas alguém onisciente para enxergar o que nos acontecerá em qualquer circunstância. E apenas alguém que nos ama como o Pai nos ama é que poderá nos mostrar sempre o melhor caminho a seguir. Quando os planos deixam de ser nossos, jamais saem dos trilhos. "Senhor, bem sei que tudo podes e que nenhum dos Teus planos pode ser frustrado." (Jó 42. 2)

Sabendo então que Deus fará o melhor para quem confia nEle, o que fazer quando não acontece o que desejamos? Só devemos agradecer. Quando eu soube que um amigo teria que mudar de cidade, fiquei muito triste. Mas sempre que orava, sabia que aquilo era o melhor para ele e sua família. Era difícil demonstrar alegria quando ele dizia que havia visitado a cidade ou que seus pais foram conhecer a casa que iriam morar. Naquele momento, o que mais me deu forças foi uma música bastante conhecida, "Te Agradeço":
Por tudo que tens feito,
Por tudo que vais fazer,
Por Tuas promessas e tudo que és,
Eu quero te agradecer, com todo o meu ser
(...)

Muitas vezes, chorei enquanto a cantava. Mas não era de tristeza. Era por saber que teria ótimas lembranças desse amigo e que Deus tinha permitido que eu o conhecesse. Era por saber que ele seria feliz aonde estava indo. Precisamos saber agradecer pelo que já aconteceu e pelo que ainda acontecerá.

De uns meses para cá, essa música tem novamente marcado presença em minha vida. Vou ter que passar por várias mudanças até o primeiro bimestre do ano que vem. Vestibulares, despedidas, quem sabe uma escola nova, convivências novas, milhares de novas experiências. Mas vai ser tudo encaixado por Deus, para que eu não me assuste com tudo isso. Cada novidade aparecerá e será enfrentada naturalmente.

Quanto ao que deixei de escolher e poderia ter vivido?
"- Mesmo assim teria sido melhor? - pergunto Lúcia, com a voz sumida. - Mas como? Aslam, por favor, diga-me.
- Dizer o que teria acontecido? Não, a ninguém jamais se diz isso.
- Oh, que pena! - exclamou Lúcia.
- Mas todos podem descobrir o que vai acontecer - continuou Aslam. - Se voltar agora e acordar os outros para contar-lhes outra vez o que viu, e disser que eles se levantem imediatamente e me sigam... que acontecerá? Só há um modo de saber..."
(As Crônicas de Nárnia - Príncipe Caspian)

Síndrome de Xaveco

Fazer amizades é algo que varia muito de pessoa para pessoa. Não considero algo fácil, visto que sempre procuramos em uma amizade um complemento do que somos. Sempre buscamos nos relacionar com pessoas que se pareçam com a gente e que tenham sempre algo a nos acrescentar.
Quando somos pequenos temos aquela mania chata de escolhermos um melhor amigo, que na verdade é apenas um colega igual ao outros usado como pretexto para chamar atenção dos demais. É infantilidade, eu sei, mas nós todos passamos por isso. O fato é que, quando chegamos a uma idade maior sentimos necessidade de atenção e muitas vezes isto nos falta. Não gostamos de ser secundários, queremos toda a atenção da pessoa que gostamos voltada para nós. Queremos exclusividade.
Eu chamaria isto de carência, mas em um mundo que não se vê mais amizades verdadeiras, uma que seja, talvez seja suficiente posta como algo equilibrado. Ambos se considerarem melhor amigos. Algo raro hoje em dia... A carência pode ser vista de várias maneiras: uma foto emo no orkut, aquelas frases dramáticas ou irônicas no subnick do msn, aquela velha história de belém, belém ou simplesmente a necessidade de chamar atenção.
Quando você é amigo de longa-data de alguém, e é trocado por uma nova pessoa, a revolta se torna uma forma de fugir do desprezo. Quebrar a TV, rasgar páginas de revistas, invadir perfis no orkut, detonar fotos e lembranças da amizade, ou mesmo se lastimar por ser mais um secundário nas histórias da vida do seu ex-melhor-amigo. Se você acha que está passando por isso, não se preocupe, sempre aparece alguém novo pra ser seu amigo. Caso não apareça, aceite esta condição e saiba que tem gente bem mais na pior...não é Xaveco?